Como o divórcio afeta as crianças e como minimizar os impactos

O divórcio é uma experiência desafiadora para todos os envolvidos, e quando há filhos no meio, as consequências podem ser ainda mais complexas. 

As crianças, independentemente da idade, podem sentir de forma intensa as mudanças causadas pela separação dos pais. 

No entanto, com o apoio adequado, os impactos negativos podem ser minimizados, permitindo que as crianças lidem melhor com o processo de transição.

Efeitos emocionais e psicológicos

A separação dos pais pode gerar sentimentos de tristeza, raiva, confusão e até culpa nas crianças. Elas podem se sentir responsáveis pela ruptura ou temer que a separação afete seu relacionamento com ambos os pais. Dependendo da idade, a criança pode não compreender completamente os motivos do divórcio, o que pode gerar um sentimento de insegurança.

Além disso, a criança pode experimentar sentimentos de perda, não apenas em relação ao casamento dos pais, mas também em relação à rotina familiar e à convivência diária com os dois. Em casos extremos, a separação pode levar a problemas mais sérios, como ansiedade, depressão ou dificuldades de socialização.

Mudanças no comportamento

É comum que as crianças passem a apresentar mudanças de comportamento após o divórcio. Elas podem tornar-se mais retraídas, agressivas ou apresentar dificuldades na escola. Essas mudanças podem ser uma forma de expressar o estresse emocional causado pela separação, e é importante que os pais estejam atentos a esses sinais.

Como minimizar os impactos do divórcio nas crianças

  1. Manter a comunicação aberta
    É fundamental que os pais mantenham uma comunicação clara e honesta com os filhos, dentro do limite da idade e compreensão deles. Explicar que o divórcio não é culpa da criança e que ambos os pais continuarão a amá-la ajuda a reduzir a insegurança.
  2. Evitar conflitos na frente das crianças
    A exposição constante a brigas e disputas entre os pais pode ser muito prejudicial. Tentar resolver questões relacionadas ao divórcio de forma civilizada e fora do alcance dos filhos contribui para a preservação de sua saúde emocional.
  3. Estabelecer uma rotina consistente
    Manter a rotina da criança o mais estável possível ajuda a proporcionar segurança em um momento de incerteza. Isso inclui manter horários regulares para refeições, atividades e, sempre que possível, visitas e convivência com ambos os pais.
  4. Oferecer apoio emocional
    As crianças podem precisar de espaço para expressar seus sentimentos. Escutá-las e validá-las sem julgamentos é importante para que se sintam acolhidas. Além disso, buscar apoio de um terapeuta infantil pode ser uma boa maneira de ajudar a criança a processar a separação de forma saudável.
  5. Preservar a relação com ambos os pais
    Sempre que possível, é importante que a criança continue a manter um relacionamento saudável com ambos os pais. Isso inclui evitar a alienação parental e garantir que a criança se sinta amada por ambos, sem ser colocada em situações desconfortáveis.

Embora o divórcio seja um momento difícil para todos, ele não precisa ter um impacto negativo permanente nas crianças. 

Com um suporte adequado, uma comunicação aberta e a preservação do amor e estabilidade, os pais podem ajudar seus filhos a lidar com a separação de forma mais saudável e equilibrada, promovendo um ambiente de segurança e confiança.

Jéssica Amadeu

Psicóloga em Jales/SP

CRP 06/118656

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Dra. Jéssica Amadeu • Psicóloga Infantil • Abordagem Psicanalítica

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